Obatala e suas Crianças

“O corcunda tem a língua pontiaguda, o manco tem um fígado grande, a cortina caminha com uma vara”.
Foi o resultado do jogo adivinhatório para Obatala, que chorava porque queria ter filhos.
O babalawo de Ifa contou para Obatala, os sacrifícios que ele precisava fazer, para fazer com que as crianças fossem úteis e não teimosas.
Se ele não fizesse o sacrifício, não teria as crianças.
O sacrifício incluía galinha, cabra, peixe defumado, rato seco, ovo
fresco e um saco com dinheiro.
Obatala fez o sacrifício, mas esqueceu do ovo fresco e o saco com
dinheiro.
Logo Obatala começou a ter as crianças.
O primeiro foi chamado Agbon (coco), o segundo foi chamado Okun ou
arvore de ráfia, terceiro foi chamado de Opesagaa.
Depois de um tempo ele disse que morassem em lugares diferentes.
Agbon foi enviado para viver na casa de Ladubi, uma sábia famosa,  para ficar mais sábio e atingir o conhecimento.
Ele enviou Okun para que fosse aprender com o rio.
Também Opesagaa, foi viver com o rei da floresta.
Obatala deu essas provações a eles para saber quem conseguiria passar pelas provas.
Só Opesagaa, a árvore de palma pôde passar.
Obatala se chateou e amaldiçoou os outros dois.
As pessoas deveriam comer a fruta do coco e cortar sua árvore para
fazer edifícios.
Com Okun, a árvore der ráfia, as pessoas poderiam extrair um vinho
dela, este tipo de vinho de palma foi chamado de Oguro.
Opesagaa, a árvore de palma, foi divinizada e assim deveria ficar
muito tempo em vida, todo o seu corpo é útil, além de trazer dinheiro.
Desde então, eles fazem vigas para telhar novas casas e do coco, se
come sua fruta.
O vinho de palma, Oguro, é feito de ráfia.
Só Opesagaa tem muito dinheiro, sua semente é óleo de palma e vinho
de palma, tudo o que sai dela é dinheiro.


Ogbe Alara

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